Off topic: Literatura de Cordel, um gênero de pouco ou nenhum valor? Автор темы: Paulo Celestino Guimaraes
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Uma pergunta postada no KudoZ.com - referindo-se a um tipo de literatura qualificada de "penny dreadful" teve o mérito de levantar uma outra questão que considero bastante interessante é a discussão em torno da Literatura de Cordel. Seria esse gênero "romance de pouco ou de nenhum valor"(?)- conforme declara o Dicionário de Expressões Populares Portuguesas, Publicações Dom Quixote, citado pela colega Susanne Rindlisbacher. Fica a pergunta. Abraços a todos, Paulo | | | De forma alguma! | Feb 25, 2004 |
Leiam este texto sobre a Literatura de Cordel que encontrei no sítio oficial da Academia brasileira de literatura de cordel (http://www.ablc.hpg.ig.com.br/): Sobre Cordel Na época dos povos conquistadores greco-romanos, fenícios, cartagineses, saxões, etc, a LITERATURA DE CORDEL já existia, tendo chegado à Península Ibérica (Portugal e Espanha) ... See more Leiam este texto sobre a Literatura de Cordel que encontrei no sítio oficial da Academia brasileira de literatura de cordel (http://www.ablc.hpg.ig.com.br/): Sobre Cordel Na época dos povos conquistadores greco-romanos, fenícios, cartagineses, saxões, etc, a LITERATURA DE CORDEL já existia, tendo chegado à Península Ibérica (Portugal e Espanha) por volta do século XVI. Na Península a LITERATURA DE CORDEL recebeu os nomes PLIEGOS SUELTOS (Espanha) e folhas soltas ou volantes (Portugal) . Este trabalho pretende oferecer aos leitores uma visão abrangente e sucinta da literatura de cordel, desde a vertente penínsular até sua evolução no Brasil, antecipando, porém, que o sopro oxigenado que mantém viva esta manifestação popular, deve o Brasil aos vates do nordeste. Fruto de longa e exaustiva pesquisa dentro do universo da literatura de cordel, nossos olhos percorreram ávidos, milhares de páginas dos autores mais conceituados para não haver a mínima dúvida quanto a credibilidade da obra. Florescente, principalmente, na área que se estende da Bahia ao Maranhão esta maravilhosa manifestação da inteligência brasileira merecerá no futuro, um estudo mais profundo e criterioso de suas peculiaridades particulares... "CORDEL" UM VERBETE POLÊMICO Depois de criticar duramente o vocábulo "cordel", opina Mário Souto Maior: "Nossa arte devia se chamar literatura popular ou poesia nordestina, menos literatura de cordel. Manoel dAlmeida Filho, Alagoa Grande, Paraíba, 1914, Aracaju - Sergipe, 1995, um dos mais perfeitos poetas da literatura de cordel, em mais de uma ocasião se posicionou nitidamente conrário ao verbete cordel. Literatura popular - dizia - é o nome mais indicado. De qualquer maneira o nome chegou de Portugale pegou. Os poetas, sem restrição, aceitam o rótulo de cordelistas, e as grandes manifestações públicas recebem os nomes de congresso ou festival de cordel e repente. CHEGADA DA LITERATURA DE CORDEL AO BRASIL Oriunda de Portugal, a literatura de cordel chegou no balaio e no coração dos nossos colonizadores, instalando-se na Bahia e mais precisamente em Salvador. Dali se irradiou para os demais Estados do Nordeste. A pergunta que mais inquieta e intriga os nossos pesquisadores: "Por que exatamente no nordeste?".A resposta não está distante do raciocínio livre nem dos domínios da razão. Como é sabido a primeira capital da nação foi Salvador, ponto de convergência natural de todas as culturas, ali permanecendo até 1763 quando foi transferida para o Rio de Janeiro. A indagação dos pesquisadores, no entanto, há lógica, porque os poetas de bancada ou de gabinete, como ficaram conhecidos, como ficaram conhecidos os autores da literatura de cordel demoraram a emergir do seio bom da terra natal. Mais tarde, por volta de 1750 é que apareceram os primeiros vates da literatura de cordel oral. Engatinhando e sem nome, depois de relativo longo período, recebeu o batismo de poesia popular. Foram esses bardos do improviso os precursores da literatura de cordel escrita. Os registros são muito vagos, sem consistência confiável de repentistas ou violeiros antes de Manoel Riachão ou Mergulhão, mas Leandro Gomesde Barros nascido no dia 19 de novembro de 1865, teria escrito a peleja de Manoel Riachão com o Diabo em fins do século passado ou, quando muito, no limiar do presente. Na última estrófe Leandro afirma, humilde, sincero e algo contemplativo: "Esta peleja que fiz não foi por mim inventada, um velho daquela época a tem ainda gravada minhas aqui são as rimas exceto elas, mais nada". É-nos, portanto, rico documento esta afirmação do Leandro porque nos evidencia a não contemporaneidade do Riachão com o rei dos autores da literatura de cordel.Veja, como ele dá um longo sentido de longa distância ao afirmar "Um velho dauqela época a tem ainda gravada" (Textos retirados do livro VERTENTES E EVOLUÇÃO DA LITERATURA DE CORDEL, escrito pelo Presidente da Academia brasileira de literatura de cordel, o poeta, Gonçalo Ferreira da Silva) Caso haja interesse em adquirí-lo, envie-nos um email: [email protected] ▲ Collapse | | | To report site rules violations or get help, contact a site moderator: You can also contact site staff by submitting a support request » Literatura de Cordel, um gênero de pouco ou nenhum valor? Wordfast Pro | Translation Memory Software for Any Platform
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